Hoje quero falar com vocês sobre Alergia a Proteína do Leite de Vaca (APLV). Esse é um assunto sério e que convivemos desde que Ester nasceu e só agora foi descoberto.
Antes de mais nada vamos entender o que significa APLV (Alergia à proteína do Leite de Vaca). É uma das alergias alimentares mais comuns hoje em dia. Estima-se que 1 a 17% das crianças menores de 3 anos apresentam sintomas sugestivos de APLV
As reações podem se dar de tês formas diferentes:
1. Reações Imediatas: Aparecem de segundos até 2 horas após a ingestão do leite. Podem ser Urticária (placas vermelhas disseminadas, geralmente com coceira associada), Angioedema (inchaço dos lábios e dos olhos); Vômitos em jato e/ou diarreia após a ingestão do leite; Anafilaxia; Choque anafilático; Chiado no peito e respiração difícil.
2. Reações Tardias: Podem aparecer horas ou dias após a ingestão do leite. Apresenta sintomas como Vômitos tardios; Diarreia com ou sem muco e sangue; Sangue nas fezes; Cólicas e irritabilidade; Intestino preso; Baixo ganho de peso e crescimento; Inflamação do intestino; Assadura e/ou fissura perianal.
3. Mistas: Algumas crianças podem apresentar os dois tipos, denominadas como manifestações mistas. Nestes casos, podem surgir sintomas imediatos e tardios à ingestão do leite. Sintomas mais comuns são Dermatite atópica moderada a grave (descamação e ressecamento da pele, com ou sem formação de feridas). Asma; Refluxo; Inflamação do esôfago (esofagite eosinofílica); Inflamação do estômago; (gastrite eosinofílica); Diarreia, vômito e dor abdominal; Baixo ganho de peso e crescimento. (Fonte: Alergia ao Leite de Vaca)
Você deve está curioso para saber quais os sintomas que minha filha tinha para que eu desconfiasse da alergia embora os médicos não acreditassem.
Irritação: Ela é uma criança doce. Mas vivia irritada, não parava quieta.
Sono: Não dormia bem, acordava várias vezes na noite. Sempre encontrava ela deitada com a cabecinha bem para trás.
Alimentação: Quando mamava ouvia um barulho vindo da barriguinha dela parecendo uma panela de pressão. Ela sentia azia logo após as mamadas.
Refluxo: As regurgitações chegavam até o esôfago e voltavam fazendo com que ela sentisse dor e não conseguisse dormir.
Soluços: Era crises intermináveis durante o dia. Dava para vê o quanto era incomodo para ela.
Prisão de Ventre: Quando tinha quatro meses ficou cinco dias sem evacuar. Tive que usar supositório.
Gases: Ela ficava o dia inteiro com a barriga cheia de gases. Não tinha bicicleta, massagem, remédio que aliviasse.
Assadura na região anal: Não tinha pomada que aliviasse. Trocamos diversas vezes a marca da fralda achando que a culpada era ela.
Assadura na região anal: Não tinha pomada que aliviasse. Trocamos diversas vezes a marca da fralda achando que a culpada era ela.
O tratamento consiste na exclusão total do leite na dieta da criança e repetir os exames para acompanhar a evolução do organismo. Isso pode demorar meses ou anos dependendo de cada criança.
A cura vem e pode ser quando menos esperamos. Algumas crianças são curadas com um ano, outras só depois dos dois anos e ainda outras que continuam APLV até os cinco anos (espero que não seja nosso caso).Agora que já temos a certeza do que nossa filha tem fica mais fácil (ou não) o tratamento e ter a esperança de que ela logo vai está curada e comendo tudo que outras crianças na idade dela come.
Estamos tratando e espero que logo ela esteja curada.
Espero que esse texto ajude esclarecer algumas dúvidas para pais que assim como nós tem uma criança com restrição alimentar e além de tudo que sirva como incentivo para aqueles que ainda não tem um diagnostico fechado não desistir no primeiro pediatra e procurar orientação.
Força papais vocês não estão sozinhos nessa luta!
Assunto sério e cada vez mais comum. Mas o mais difícil vocês já conseguiram: o diagnóstico! Agora é só ter paciência para seguir na dieta. A cura vem logo! (Assim espero!)
ResponderExcluirAdorei seu post e aprendi mais sobre o assunto. Muita informação que eu não sabia ainda. Valeu!
ResponderExcluirRealmente ter um filho APLV não deve ser fácil, mas hj temos muitos recursos, ainda bem!
ResponderExcluirMuito boa as dicas
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom fazer posts esclarecedores assim. Dessa forma ajuda muita gente.
ResponderExcluirO pior são as reações tardias que dificulta identificar o problema.
Espero que a Ester esteja logo curada.
beijos
Chris
Oi Josi
ResponderExcluirMuito importante este seu post! Adorei!
Ficou bem claro e fácil de ser explicado.
É difícil tem um filho com intolerância à lactose, mas hoje temos muitas informações e isso facilita a vida das mamães
Bjs, querida
Meu filho tem exatamente os mesmos sintomas que você relatou e nenhum pediatra nunca falou sobre a APLV. Vou falar com a gastropediatra do meu filho. Obrigada por esse post, foi importante pra mim!
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